terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Reflexões de fim de ano.

Caros Amigos e Amigas,

Perdi-me, como muitos, nas reflexões de fim de ano.
Foram ponderações sobre as ações realizadas com sucesso,
reavaliações e releituras das decisões e atos que não geraram os resultados esperados,
intensos e acalorados debates internos (imaginem as eternas discussões entre o “Tico” e o “Teco”) sobre o que conquistei e o sobre o que adiei.

Concentrei-me em identificar os momentos de tensão, amor, tristeza, expectativas, solidão, esperanças e os principalmente nos momentos de alegria.

Percebi tardiamente que existem somente alguns momentos para ser feliz e, no meu caso, estes momentos são quando estou interagindo com você,

e é a você que quero transmitir o resultado de todas as minhas reflexões, contidas nas linhas abaixo.

Neste momento de fim de um ciclo, de um ano e, no nascimento das esperanças que acompanham o início de um novo ciclo, de um Novo Ano, quero que estas palavras naveguem em seu ser e possibilitem alguns momentos de reflexão,

e que você, como eu, possa ter mais momentos para Ser Feliz no Novo Ano.

Wilson Lucchesi


A idade de Ser Feliz  -  Mário Quintana

Existe somente uma idade para a gente ser feliz,
somente uma época na vida  de cada pessoa
em que é possível sonhar e fazer planos
e ter energia bastante para realizá-los
a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.

Uma só idade para a gente se encantar com a vida
e viver apaixonadamente
desfrutar tudo com toda intensidade
sem medo nem culpa de sentir prazer.

Fase dourada em que a gente pode criar e recriar a vida
à nossa própria imagem e semelhança
e vestir-se com todas as cores
e experimentar todos os sabores
e entregar-se a todos os amores sem preconceito nem
pudor.

Tempo de entusiasmo e coragem
em que todo desafio é mais um convite à luta 
que a gente enfrenta com toda disposição
de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO,
quantas vezes for preciso.

Essa idade tão fugaz na vida da gente
chama-se PRESENTE
e tem a duração do instante que passa.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Os dez mandamentos da Qualidade

1- Ao acordar, não permita que algo que saiu errado ontem seja o primeiro tema do dia.
PENSAR POSITIVO É QUALIDADE

2 - Ao entrar no prédio de sua empresa, cumprimente cada um que lhe dirigir o olhar, mesmo não sendo colega de sua área.
SER EDUCADO É QUALIDADE.

3- Seja metódico ao abrir seu armário, ligar seu terminal, disponibilizar os recursos ao redor. Comece relembrando as notícias de ontem.
SER ORGANIZADO É QUALIDADE.

4- Não se deixe envolver pela primeira informação de erro recebida de quem talvez não saiba de todos os detalhes. Junte mais dados que lhe permitam obter um parecer correto sobre o assunto.
SER PREVENIDO É QUALIDADE.

5- Quando for abordado por alguém, tente adiar sua própria tarefa, pois quem veio lhe procurar deve estar precisando bastante de sua ajuda e confia em você. Ele ficará feliz pelo auxílio que você possa lhe dar.
SER ATENCIOSO É QUALIDADE.

6- Não deixe de alimentar-se na hora do almoço. Pode ser até um pequeno lanche, mas respeite suas necessidades humanas. Aquela tarefa urgente pode aguardar mais 30 minutos. Se você adoecer, dezenas de tarefas terão que aguardar a sua volta, menos aquelas que acabarão por sobrecarregar seu colega.
RESPEITAR A SAÚDE É QUALIDADE.

7- Dentro do possível, tente se agendar (tarefas comerciais e sociais) para os próximos 10 dias. Não fique trocando datas a todo momento, principalmente a minutos do evento.
CUMPRIR O COMBINADO É QUALIDADE.

8- Ao comparecer a estes eventos, leve tudo o que for preciso para a ocasião, principalmente suas idéias. E divulgue-as sem receio. O máximo que poderá ocorrer é alguém poderoso ou o grupo não aceitá-las. Saiba esperar.
TER PACIÊNCIA É QUALIDADE.

9- Não prometa o que está além do seu alcance só para impressionar quem lhe ouve.
FALAR A VERDADE É QUALIDADE.

10 - Deixe os problemas da empresa na empresa. Pense como vai ser bom chegar em casa e rever a família ou os amigos que lhe dão segurança para desenvolver suas tarefas com equilíbrio.
AMAR A FAMÍLIA E OS AMIGOS É A MAIOR QUALIDADE.

Fonte: http://huribi.com.br/ver_artigos.php?cod=11

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

É possível liderar com alegria e eficácia


A busca pela felicidade acompanha toda a evolução da humanidade e isso faz com que milhares de pessoas trilhem por caminhos conhecidos e até mesmo os considerados como "incógnitas". Hoje, o ser humano "luta" diariamente por objetivos de vida que o faça ter um estado de espírito que o permita sentir-se realizado tanto no campo pessoal quanto profissional. Em seu novo livro "A Perfeita Alegria - Francisco de Assis para Líderes e Gestores, Editora Vozes, o consultor organizacional e escritor Robson Santarém enfatiza as ações que o religioso italiano, nascido no século 12, deixou e que podem ser usadas como exemplo pelos líderes da atualidade.
"O foco do meu novo trabalho está na liderança da equipe e como Francisco de Assis construiu uma comunidade sólida que permanece viva e que tem como uma das principais características a alegria", menciona Robson Santarém, ao destacar o sentimento de júbilo com que o franciscano conduzia suas atividades. Vale ressaltar que Santarém abre espaço, ainda, para a felicidade no âmbito organizacional e a importância dos gestores frente aos seus liderados, não apenas no comando dos trabalhos, mas também no estímulo que eles podem dar às suas equipes a cada dia.
"Diante de um mundo que vive com tantos indicadores de tristeza, é preciso rever alguns modelos de gestão de modo a criar organizações saudáveis e sustentáveis onde todos se sintam realizados e felizes", defende o consultor. A entrevista concedida ao RH.com.br por Robson Santarém, é uma ótima oportunidade para que sejam revistos paradigmas e atitudes aplicadas no dia a dia das empresas. Boa leitura!

RH.com.br - Em 2007, o senhor escreveu "Autoliderança: uma jornada espiritual", com base nos ensinamentos de Francisco de Assis. Recentemente, o senhor, lançou o título "A Perfeita Alegria - Francisco de Assis para Líderes e Gestores". Qual o diferencial entre as duas obras?
Robson Santarém - A obra anterior enfatizou a importância do líder em primeiro lugar aprender a liderar a si mesmo e se tornar um ser humano melhor para liderar pelo exemplo. Assim, trilhando o processo de individuação estudado por Carl Jung, pude perceber como Francisco viveu esse processo e se tornou um ser humano singular e com certeza absoluta um grande líder servidor, tanto que foi escolhido no ano 2000 como o homem do milênio. Agora, no meu novo trabalho, o foco está na liderança da equipe, como ele construiu uma comunidade sólida que permanece viva e atuante há oito séculos e que tem como uma das principais características a alegria. Ele próprio é considerado o homem alegre. O que fez e que legado ele deixou que nós permitem aprender e aplicar em nossas organizações de modo que nos possibilite criar um ambiente de alegria, já que essa é uma busca do coração humano? Não tenho dúvidas que a sua experiência com líder tem muito a contribuir, seja na maneira detratar os seus liderados, seja na definição de uma missão, objetivos e regras claras para todos.

RH - Por que manter os ensinamentos de Francisco de Assis como base para seu trabalho?
Robson Santarém - Na verdade a base do meu trabalho e o meu propósito de vida são o de contribuir com a humanização das organizações e assim promover um desempenho superior e uma contribuição também para o mundo. Francisco é um grande arquétipo de um ser humano por excelência e sua experiência, seus ensinamentos, sua forma de liderar e mobilizar as pessoas para uma causa continua, ainda hoje, após 800 anos, a inspirar milhões de pessoas. Em toda a Terra ele é reconhecido como um ser humano iluminado e, portanto, iluminador. Os grandes homens e mulheres da humanidade devem servir de inspiração e referência para todos nós. Quero dizer com isso que eles e elas abriram e trilharam um caminho possível de também ser trilhado por nós. Você não acha que isso é suficiente para nos provocar como nós estamos vivendo a nossa vida? E também não poderíamos refletir como estamos liderando as pessoas em nossas organizações? Eu acho impossível não nos deixarmos contagiar por esses grandes seres humanos como Francisco de Assis.

RH - Quais as principais reflexões que o senhor oferece aos líderes, através dessa nova obra?
Robson Santarém - Em primeiro lugar penso que é importante entender o que é alegria. Muitas vezes é confundido com o prazer e realização de desejos imediatos. Na verdade a alegria, no entendimento de Spinoza, Erich Fromm e tantos outros, é muito mais um estado de espírito do ser humano evoluído, que encontra a sua razão de ser e por isso, como emoção, é capaz de manter a pessoa vitalizada, energizada para sempre crescer mais. Francisco de Assis tem um relato onde descreve o que é a Perfeita Alegria, e, como a observamos independe de qualquer coisa, está de fato no coração humano quando se assenta em valores espirituais. Outro aspecto essencial é rever os nossos modelos mentais, estou certo que ainda hoje há resistências para se tratar desses temas - alegria, espiritualidade, afeto entre outros - no ambiente de trabalho. Entretanto, o paradigma que impede aceitar isso é o mesmo que tem gerado tanto sofrimento humano e ao planeta. Entendo que Francisco fez uma grande ruptura nos modelos mentais de sua época e nos provoca a fazer o mesmo, na forma como compreendemos a vida, a nós mesmos e a nossa relação com todos os seres, com o universo e com o Transcendente. Quando fundou as três ordens religiosas, ele soube definir com clareza seus objetivos e suas regras. Sua liderança mobilizou milhares de pessoa em toda a Europa. Ora, isso tem muito a nos dizer, principalmente quando pensamos na responsabilidade dos líderes em criar e manter uma cultura organizacional que favoreça o alcance dos objetivos. Enfim, é sobre tudo isso que estou tentando passar para os leitores.

RH - O líder pode ser considerado o ponto de ligação entre o ambiente organizacional e a alegria?
Robson Santarém - O líder é o principal responsável pelo ambiente organizacional, a sua forma de liderar vai impactar diretamente na motivação dos liderados, no comprometimento e no orgulho de fazer parte daquela equipe, daquela organização. Sua responsabilidade passa pela direção que ele dá aos liderados, por ser uma referência para todos - principalmente pelo seu caráter que gera credibilidade, admiração, confiança -, pela maneira com que cuida dos relacionamentos e gera o compromisso com os resultados esperados, entre tantas outras atribuições. Mas sem dúvida, precisamos sempre lembrar que o líder lidera gente, e por isso precisa saber, entender e gostar de trabalhar com pessoas. Ora, é possível obter resultados de muitas maneiras - a história tem a muito a dizer sobre isso - mas não se pode negar que alcançar resultados, metas em um ambiente onde se vive a alegria é extremamente melhor.

RH - Um ponto extremamente trabalhado na sua obra é a valorização da alegria no ambiente corporativo. Por que as empresas devem se preocupar com a felicidade?
Robson Santarém - Porque estamos descobrindo que estamos vivos e queremos ser felizes em todos os lugares e em todo o tempo. Sabe aquela pesquisa feita pela professora Betânia Tanure e sua equipe que descobriu que cerca de 84% dos executivos são infelizes? Você não acha que esse índice é assustador? São homens e mulheres que estão no topo da pirâmide organizacional, muito bem remunerados e que chegam a um momento da vida e descobrem que se dedicaram tanto ao trabalho, à carreira mas, esqueceram da felicidade. Isso é triste, muito triste. E não tenhamos dúvidas que pessoas infelizes não geram alegria ao seu redor. Pois essas pessoas estão exercendo funções executivas e lideram outras pessoas. Já pensou? Não quero dizer que as empresas devem se preocupar com a felicidade como se fora esse o seu negócio, elas não são organizações de serviço social, templos ou qualquer coisa semelhante. Mas não hesito em dizer que toda organização pode e deve buscar atingir os seus objetivos de modo que todos os seus colaboradores e demais interessados no negócio sintam-se felizes em participar dele, porque sentem que estão evoluindo como pessoas, como profissionais e que através de suas competências estão contribuindo também para que o mundo seja melhor. Esse é outro aspecto fundamental: as empresas, todas, têm uma responsabilidade que transcende os seus muros, os seus negócios. Elas existem para servir à sociedade. Não podemos fechar os nossos olhos para essa responsabilidade social e ambiental.

RH - Qual a sua percepção sobre uma empresa verdadeiramente feliz?
Robson Santarém - Eu diria que é aquela cujos dirigentes estão conscientes e imbuídos de suas responsabilidades, que procuram ser coerentes com os valores que afirmam ter e procuram traduzir tudo isso em políticas, diretrizes que contribuem para a realização da sua missão e sua visão, lembrando que um principio essencial é o respeito à dignidade humana e ao bem comum. Cada organização vai definir os seus meios para fazer isso. No meu novo livro, conto três experiências de empresas que estão investindo na alegria: o ECAD, organização onde desenvolvi um trabalho de consultoria e coaching para todos os seus executivos e gerentes; a Casa do Cliente, premiada empresa de comunicação e marketing e a Light, empresa de energia do Rio de Janeiro que colocou a alegria como um dos seus valores corporativos. E já descobri outras organizações que estão caminhando nessa direção.

RH - A alegria também busca base na cultura organizacional?
Robson Santarém - A cultura é a alma da empresa, é a sua personalidade. Quando a cultura é sólida, baseada em valores humanos, ela vitaliza o corpo e lhe garante energia suficiente para viver, crescer e contribuir com todos com quem se relaciona. Os estudos comprovam que as melhores empresas, as mais longevas são aquelas que investem na cultura e gestão por valores, pois assim, conscientemente percebem-se como organismos vivos, comunidades que se fazem nos relacionamentos construídos ao longo de sua existência. Por isso, dediquei um capítulo a esse tema: Cultura de Valores, Clima de Alegria. O clima como resultado da cultura.

RH - Na sua visão quais os principais entraves que cruzam o caminho da felicidade nas empresas?
Robson Santarém - Infelizmente, ainda são muitos os indicadores para demonstrar que há muito por fazer. Se olharmos para o que está acontecendo no planeta, nas cidades, vamos constatar o quão responsáveis são as empresas e seus dirigentes. Além disso, é alto o índice de assédio moral e sexual, estresse, Burnout, dependência química, entre outros. Vimos em noticiário recente o caso assustador da quantidade de suicídios que aconteceram em uma empresa na China, lembra? Pois, isso acontece também por aqui. Não podemos nos esquecer dos tristes casos de corrupção, fraudes e tantos outros escândalos. Não é mesmo?

RH - A alegria nas empresas está intimamente relacionada à espiritualidade?
Robson Santarém - Conforme mencionei anteriormente, o nosso entendimento da alegria está relacionado sim a uma forma de viver a vida e não aos prazeres. Logo, para mim, está relacionado sim à espiritualidade. Pois implica em sabedoria de vida, em ser resiliente, ter equilíbrio emocional e espiritual frente aos desafios, às pressões e até mesmo frente às desventuras da vida. A empresa é mais um espaço onde vivemos, e se queremos ser felizes, também queremos e precisamos ser nesse espaço. Nas empresas, a espiritualidade está relacionada à forma como vive os seus valores, com o sentido e o propósito da organização e sua contribuição ou legado para a vida das pessoas e para o planeta. Veja, por exemplo, o Pacto Global - a parceria que reúne a ONU, empresas e tantas outras instituições - como está pleno de valores espirituais, assim como os objetivos do milênio. Quando uma empresa percebe que isso é importante e se compromete com essa causa, certamente vai promover transformações na sua maneira de liderar e de cuidar do seu relacionamento com os demais stakeholders. Dessa forma, também podemos perceber a alegria nas organizações.

RH - Apenas para não pairar qualquer dúvida: religião e espiritualidade confundem-se?
Robson Santarém - Essa questão sempre surge. Eu digo que toda religião tem a sua espiritualidade e até mesmo mais de uma. Por exemplo: nós falamos de uma espiritualidade cristã, mas dentro do cristianismo identificamos diversas espiritualidades como a franciscana, a jesuíta, a beneditina, a pentecostal, a luterana. E podemos, infelizmente, encontrar dentre as pessoas religiosas aquelas que não desenvolveram uma espiritualidade. Não deveria ser assim. Aqui estamos compreendendo a espiritualidade como a relação do ser humano com o "Transcendente" e que o leva a viver a vida, segundo esse mesmo espírito em todas as suas dimensões. Por outro lado, entende-se que é possível desenvolver uma espiritualidade sem ter um vínculo com uma religião, quando se procura viver a vida de acordo com valores humanos, com os princípios universais, quando se busca um sentido para a vida e se preocupa com o legado que vai deixar, essas são questões de ordem espiritual. De qualquer modo, considero que a espiritualidade é o caminho para que nos tornemos melhores seres humanos e assim também fazer com que o nosso mundo seja melhor, nossas famílias e nossas organizações.


segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

A Força do pensamento

  Sempre dei muita importância à força do pensamento. Sua influência foi nítida em relação às performances de meus pupilos. Muitas vezes me surpreendi com a espantosa força mental que todos atingiram. Sempre que se concentravam em seu monitor cardíaco (relógio que marca a freqüência cardíaca dos batimentos do coração), percebia que os batimentos baixavam, atingindo pontos realmente incríveis. Eu os via mudando o ritmo de batimentos do próprio coração, um órgão involuntário, só com a força de seu pensamento. Veja de que poder incrível o homem é capaz. Aliás, todos nós somos capazes de operar fenômenos incríveis. Isso ocorre até em nível inconsciente, já que meus pupilos têm abrigada na memória a minha metodologia e sabem que, quanto menor a freqüência cardíaca, menor é o esforço para o coração.

       Nossos pensamentos exercem influência direta sobre o corpo e seu metabolismo. Mas a mente também depende do corpo para formular os pensamentos, pois tudo o que chega ao cérebro chega por intermédio dos órgãos dos sentidos. O cérebro não tem acesso direto ao mundo "real". Está isolado do mundo, fechado e protegido na caixa craniana. Sabe somente aquilo que sentimos ou pensamos que sentimos.

       O cérebro tem um fantástico e admirável talento que nos permite "criar" a realidade. Muitas vezes não importa tanto o local em que realmente estamos, mas o que sentimos nesse lugar. Um mesmo espaço, por exemplo, pode ser ótimo para uns e péssimo para outros. A diferença entre uns e outros está no que a percepção de cada um colhe e a emoção qualifica, enviando essas sensações ao cérebro. É como duas pessoas que chegam juntas à mesma festa. Uma delas diz: "Que lugar legal, bem decorado. Tá cheio de gente bonita. Puxa! Que música gostosa que tá tocando. Isto aqui tá uma delícia!". Essa pessoa, fisiologicamente, vai sentir-se bem, pois o cérebro é capaz de perfazer os tais hormônios de alta qualidade que mencionei. Mas outra pessoa que chegou junto na mesma festa diz: "Que lugar medonho, superbrega! Que gente mais esquisita! E que música mais chata! Que saco que tá isto aqui!". Essa pessoa, vai se sentir mal fisiologicamente, pois o cérebro também é capaz de perfazer os tais hormônios de péssima qualidade e lançá-Ios na corrente circulatória.

       Você percebe que o que acha que é fica valendo como verdade para seu cérebro, e não o que o outro acha que é ou até o que é na verdade. É necessário orientar corretamente seu cérebro, desenvolvendo melhor o corpo emocional para lhe enviar coisas boas e positivas. Você precisa estar sempre muito alerta em relação a seu pensamento. Nosso cérebro é burro, mas seu poder é inigualável. Você só precisa colocar de maneira correta o que deseja dele. Ele é o mais dócil, precioso e poderoso participante de sua vida e está sempre submetido aos órgãos dos sentidos, manipulados no calor da emoção.

       Existem pessoas extremamente inteligentes que foram primeiros alunos na faculdade e conseguem o milagre de não obter nenhuma realização em sua profissão. Existem pessoas que foram péssimos alunos na faculdade e conseguiram ótimo resultado em sua profissão, fazendo-se vencedores na vida. Tudo isso é resultado da força do cérebro burro - pode não haver nada que justifique um resultado, mas também pode-se conseguir o resultado que se quiser. O que importa é o que você pensa a respeito de si próprio, não o que realmente você é.

       Todos têm todas as possibilidades. O que cerceia a pessoa é sua própria cabeça, anulada por uma sociedade castradora, que tenta tirar-lhe a confiança e o acreditar. Então digo que são nossas emoções que vão servir de referência ao nosso cérebro para que ele ordene a forma de agir diante dos acontecimentos, e não os acontecimentos em si que impõem essa ordem.

       É importante saber qual o procedimento de nosso cérebro para podermos otimizar seu funcionamento, de tal maneira que ele trabalhe sempre a nosso favor. Temos de treiná-Io para que esteja predisposto a enfrentar todo acontecimento com positividade, sempre favorável a nós.

       Tudo permanece sob o controle das emoções. Se adotarmos uma atitude mental positiva, teremos, de saída, pelo menos cinqüenta por cento de chance de alcançar o resultado esperado. Mas não pense que isso funciona como um truque. Não há mágica nisso.

       A emoção tem de ser duramente trabalhada por muito tempo. Não adianta dizer: "Eu vou vencer". O desenvolvimento do corpo emocional virá por meio de um esforço contínuo e depois de muito trabalho.

       O fato é que, ao iniciar o movimento com o corpo, trabalhamos antes de tudo nosso lado emocional. Será preciso muita disciplina, força de vontade e controle sobre as próprias emoções para calçar o tênis e arranjar um tempo.

       Para colocar o corpo em movimento é necessário fazer um grande exercício emocional. A debilidade emocional dificulta passar do saber para o fazer.

       Fui percebendo ao longo do tempo o que as pessoas ganham quando se põem a fazer esse trabalho. Elas adquirem maior sustentação emocional e isso salta à vista de todos com os quais convivem, como muitas vezes me foi demonstrado por relatos familiares.

       Uma pessoa com o corpo frágil, ao contrário, não sustenta um espírito forte e, por conseqüência, suas emoções correm soltas e desordenadas, causando estragos gerais. É o caso de quem começa a fazer o trabalho conosco e, naquele dia, tem de executar trinta minutos de caminhada. Ela não teve tempo pela manhã e no final da tarde está cansada - na verdade, sua cabeça é que está cansada  -, mas precisa se impor e cumprir o trabalho físico que lhe compete.

       Em contra partida, aos trinta minutos ela percebe que está estimulada a continuar e, justamente quando começou a ficar gostoso, tem de parar. Sua vontade é ir adiante por mais um tempo, mas não é isso que seu organismo espera. Não ainda. Então ela tem de cumprir o seu programa e parar aos trinta minutos.

       Esse é o processo do não querer e ter de fazer e do querer fazer e ter de parar. Tem de fazer quando não quer e tem de parar quando quer fazer.
       Corpo fraco e debilitado é igual a cabeça fraca e sem poder. Ninguém acorda um vencedor. Faz-se, constrói-se um vencedor alicerçado num corpo desenvolvido e evoluído.

       É por isso que muita gente fala do poder da mente e parece baleIa. Muitos livros recomendam pensar positivo, mas pensar positivo apenas não adianta nada.

       Felizmente as pessoas estão começando a se voltar para o poder da emoção e não apenas para o poder da sua inteligência, e assim começam a desenvolver-se espiritualmente, melhoram mentalmente, ou seja, cuidam da saúde em todos os aspectos.

       Um corpo frouxo, atrofiado, hipotônico, cheio de gordura revela que seu dono está levando uma vida não muito feliz. Nem saudável. Devemos entender que é somente por meio do fazer, da ação concreta, da evolução com o corpo que realmente nos transformamos mental e emocionalmente, criando condições para uma vida espiritual mais elevada. O incrível é que essa pessoa fraca, frouxa e gorda pode modificar tudo isso quando quiser, porque é absolutamente possível a modificação. Essa pessoa, no estado físico em que estiver, tem em si o poder para isso.

       É absolutamente impossível adquirir elevação espiritual num corpo frágil e incapaz de reparar as perdas inerentes à própria atividade diária.

        A pessoa em defasagem com a vida está sobrevivendo, não está vivendo. Como é que ela vai desenvolver a espiritualidade, que é a essência maior do homem?

       A pessoa que não tem energia mental também não tem energia espiritual. Ela precisa estar com muito bom humor, bem-estar, energia, vitalidade, disposição - enfim, estar inteira - para perceber essa outra dimensão da vida, que é o seu próprio espírito.

       É por isso que o meu método alcança fulminantemente o espírito. Pelas conquistas do corpo, a pessoa atinge um tal poder emocional que seu espírito se lança a outro patamar, fazendo surgir nele uma nova divindade. Pleno de possibilidades, de conquistas e vitórias, esse espírito se enaltece e se eleva.

       É evidente que essa pessoa se torna mais complacente, vivendo em permanente estado de alegria com mais tolerância e compaixão. Nesse estágio, fará bem espiritualmente também às pessoas próximas.

       Digo isso com base nos depoimentos que ouço de empresários e executivos com os quais trabalho. Um deles me disse: "O que me espantou é que lá na empresa eles acharam que eu estava espiritualmente diferente". Respondi: "Que bom! Você precisa perceber mais isso para valorizar o empenho que está tendo em modificar todo o seu corpo e os seus hábitos".

       Espiritualidade é agir, doando-se para as pessoas, percebendo que as outras pessoas existem também e são exatamente como você. Partilhar sua vida é realmente se interessar pelos outros, sendo mais solidário e partilhando a alegria de viver, essa energia de sua alma, com seu semelhante.

       Força é força. Não existe o indivíduo forte de um lado só. Intelectualmente poderoso e espiritualmente frágil. Senão, é como colocar toda a carga de um caminhão de um único lado: ele vai tombar na primeira curva.

Do livro: A Semente da Vitória, de Nuno Cobra


sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Novos dias, novos tempos!

Como somos criaturas de hábitos; continuamos a fazer o que sempre fazemos até sermos obrigados a mudar. E o pior é que ficamos irritados quando não conseguimos resultados diferentes. Esbravejamos contra os céus numa postura estilo “Hard” do desenho animado  “Oh céu, oh terra ... porque comigo, sempre eu...” e esquecemos que não estamos neste mundo para sermos punidos e sim para sermos educados. Se ainda não tivemos aquilo que almejamos, ou se a história sempre se repete; escolha do cara errado, a demissão nos empregos..., problemas recorrentes com clientes...., é sinal que ainda não aprendemos a lição e estamos “de recuperação”.

O fato de não tentarmos mudar o que já estamos acostumados a ter, a ser e a estar não nos torna mais seguros, nem donos da situação, nos torna o pior tipo de comodistas que existe: aquele que desistiu de si mesmo.

Chegou o momento de mudarmos o capítulo da nossa história, como se fosse um seriado que é dividido em partes e um novo começo dá oportunidade para uma história de vida mais gratificante e significativa.

Para que este novo capítulo valha a pena, aqui vão algumas sugestões:

1. Relacione e agradeça tudo que aconteceu de bom no capítulo anterior que está terminando.



Temos a tendência de nos apegar ao que está faltando. “se ao menos eu fosse mais magra”; “se eu tivesse um emprego melhor, ou um carro maior”; “se ao menos eu morasse próximo a uma área de lazer, que eu pudesse fazer caminhadas no final do dia.” Algumas vezes, perdemos a noção da realidade e o que é supérfluo passa a ser o centro das atenções e das frustrações. Conheço uma moça que o sonho era morar numa beira mar para poder caminhar todos os dias no final da tarde. Em dez anos que ela esta neste endereço só foi vista caminhando umas cinco vezes!

Antes de sair desejando, que tal fazer uma lista de tudo que aconteceu de bom até agora, desde pequenas situações até as mais significativas. Atenção, só podem entrar na lista as coisas boas.

2. Viva o Aqui e Agora
A maioria das pessoas já descobriu como é difícil viver no presente e que boa parte do tempo é desperdiçado lamentando o passado ou temendo o futuro.

Aprenda a curtir todos os minutos da sua vida e se você se organizar e tiver disciplina em cumprir suas metas você terá muito mais momentos de prazer do que você imagina e economizará tempo já que estará atento no que estiver fazendo. Ocasionará menos retrabalho, menos esquecimento e a sua percepção estará mais aguçada lhe proporcionando observar melhorias e oportunidades.

3. Estabeleça e escreva as suas metas para a nova fase.
Existe muita gente que não se sente realmente feliz nem tão pouco triste o suficiente para fazer algo a respeito.

Aproveite a vida e o tempo que lhe foi dado. Questione: Por que estamos aqui? Qual é o seu objetivo de vida? Quem você é? Quais as suas competências? Qual o seu maior dom? O que verdadeiramente lhe importa?

4. Foco em resultado
Tem que ter bola na rede para dizer que é Gol. Isto é, não adianta vir com aquele papinho “eu tentei, pena que não deu.” O universo recompensa o esforço, não as desculpas.

Crie indicadores para as várias áreas da sua vida e controle o seu desempenho para saber qual área merece atenção e quais decisões precisam ser tomadas.
Para isso muitas vezes você precisará estar disposto a fazer as coisas que não deseja fazer. Tenha em mente suas metas, o que você realmente deseja ser e ter. Use isso como combustível para enfrentar a inércia e os obstáculos.
Dê o seu melhor e o melhor virá!

5. “Planejamento sem ação é inútil, ação sem planejamento é fatal.”
No filme Senhor dos Anéis, Gandalf diz a Frodo “somente a você cabe decidir o que fazer com o tempo que lhe foi dado”, use o seu tempo a favor do seu crescimento pessoal e profissional.  O dia de trabalho começa na noite anterior. Planeje e aja. Planejamento indica a habilidade de estabelecer e prover objetivos, definindo planos de ação, prazos e recursos necessários para uma determinada atividade. A ação é uma questão de “vontade”.

 Há muitos estudos que mostram que pessoas que começam seu dia com algum tipo de exercício físico estão mais alertas e produtivas. Depois reveja a  agenda para o dia e defina as metas específicas para o que você precisa realizar antes do seu dia possa ser considerado completo.

6. Amadureça
Maturidade não tem haver com a sua idade, e sim com as responsabilidades que você assume, com o quanto você se conhece e se gerencia. Amadurece quem para de infantilmente querer que as coisas mudem para satisfazer o seu ego, mas sim modifica-se para ajustar-se à realidade.

Montaigne escreveu: “Há em nós mais vaidade do que infelicidade, mais tolice que malícia, mais vazio do que maldade, mais vileza do que miséria”.
Pare e reflita sobre as suas atitudes, o impacto que você causa nas pessoas que o cercam e nos resultados que vem alcançando. Faça uma análise crítica de quais melhorias você precisa fazer nas suas atitudes e na sua maneira de encarar o mundo. Tome a decisão de ser alguém melhor para você mesmo.

Lembra da piadinha do marido que chegou em casa e pegou a sua esposa com o amante no sofá? Não é vendendo o sofá que o marido vai impedir que a sua esposa o traia!

7. Busque a paz de espírito
Observe que as pessoas que tem paz de espírito possuem uma disciplina diária que as ajuda manter o equilíbrio. Algumas conseguem rezando, outras meditando ou caminhando ao ar livre, mas uma coisa é certa: Todas se permitem algum refúgio e ficam um tempo em silêncio.

Desejo a você que esta nova fase receba uma energia infinita e que você fique totalmente apaixonado pelo que faz, agregando valor a tudo e a todos os que passem por sua vida.Que nestes novos dias e novos tempos, transbordem as alegrias e realizações!


quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Planeje-se

Há alguns anos, ao ser convidado para participar de um debate num desses programas de mesa redonda, conversava na sala de espera com os outros participantes sobre o assunto que abordaríamos ao vivo. O tema: “planejamento para o ano seguinte”. O curioso é que ali, naquela sala, tínhamos dois exemplos extremos que elucidavam bem o assunto: um jovem profissional, cujo lema era “deixe a vida me levar” e outro, extremamente metódico que planejava bem os passos que dava, tanto em sua vida pessoal, como na profissional. 

Rafael tinha pouco mais de 30 anos e se encontrava em meio a um furacão em sua vida. Depois que se formou bacharel em publicidade, nunca mais voltou a estudar e, tão pouco, galgou bons degraus pelas empresas pelas quais passou. Rafael não conseguira muitas coisas desde que saiu da casa dos seus pais. Morava de aluguel com sua esposa, seu único filho estudava numa escola pública e as parcelas de seu carro viviam atrasadas. Pra piorar a situação, havia acabado de ser demitido e encontrava dificuldade em sua recolocação. Segundo ele, só conseguia entrevistas para cargos irrelevantes e, pior, mesmo esses o recusavam, alegando que sua formação não condizia com a idade média de profissionais com aquelas qualificações. 

Já Juliano era seu oposto. Não havia completado 30 anos ainda e já tinha carro quitado e apartamento financiado. Sua trajetória profissional era muito próxima da considerada ideal para jovens da sua idade. Já havia assumido sua primeira gerência e considerava-se estável na profissão. Sem contar as viagens nacionais e internacionais que fez pela empresa, garantido-lhe experiências realmente valiosas para seu currículo. Juliano era casado, tinha uma esposa que trabalhava tanto quanto ele, e o filhinho do casal estudava em uma das melhores escolas da cidade. Seu carro não era o do ano, e seu apartamento ficava num bairro mais afastado. Porém, eram seus e, pouco a pouco, o casal conquistava mais e mais notoriedade em suas profissões. 

Perguntando aos dois sobre alguns hábitos, pude perceber a diferença crucial que fazia com que ambos tivessem tomado rumos tão diferentes na carreira/vida. Não foram as oportunidades, pois Rafael passou por empresas boas. Eu diria, inclusive, que Rafael tivera mais condições de se dar bem do que Juliano, mas, por não se planejar adequadamente havia deixado passar chances que talvez jamais recupere. 

Juliano contou um pouquinho de sua rotina e relatou que, ano após ano, planeja o que farão (ele e a esposa) no próximo ano. Segundo ele, as prioridades financeiras sempre são voltadas ao desenvolvimento profissional/intelectual de ambos, inclusive do filho que, desde pequeno, já frequenta aulas de inglês. Juliano contou-nos, inclusive, que o planejamento do ano seguinte já estava praticamente pronto e que, dentre os planos, estava a entrada da esposa num curso de mestrado. 

Perguntei se todos os planos foram possíveis de executar até hoje. E, em meio a risos, disse-me que eles nunca conseguiram concretizar todos os planos colocados no papel, pelo contrário. Porém, a cada vez que detectavam a inviabilidade de um projeto, percebiam outras oportunidades com os ensejos que haviam criado para a execução do plano anterior. E, assim, iam adequando suas possibilidades às suas vontades e, principalmente, ao plano maior da vida dos dois. A propósito, eles não faziam apenas os planos ano a ano. Possuíam, na verdade, um planejamento traçado a longo prazo, para quando ambos estivessem aposentados. 

Admirado com o que eu escutava, perguntei quais eram os planos de Rafael. Esse, atônito, apenas riu e me respondeu que nunca havia planejado um ano de sua vida. Segundo ele, nem mesmo aquelas promessas tradicionais de ano novo eram feitas, já que considerava melhor aproveitar as oportunidades que apareciam esporadicamente.
Não preciso esconder minha decepção com sua resposta, já que disse isso diante dele naquele dia. Todos precisamos planejar nossos anos e, principalmente, nossas vidas. Com a chegada do fim do ano, chega também a hora de colocar isso no papel. Por isso, não perca a coluna Talento em Pauta da próxima terça e aprenda a planejar o seu ano de 2011. 

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

4 motivos para acreditar que dezembro é a melhor época para se procurar emprego

Quando pensamos no último mês do ano, nossa cabeça é bombardeada por imagens que remetem às férias, à ceia de natal, viagens com família e amigos, entre outras atividades ligadas ao lazer e momentos de comemorações. Talvez seja por isso que nunca pensamos em procurar emprego no mês de dezembro.
Para Tony Beshara, presidente da empresa de recrutamento Babich & Associates, nos Estados Unidos, é o melhor período para buscar por trabalho justamente por ser um mês marcado pelo clima alegre e festivo. O autor do livro "A Solução da Busca por Trabalho" listou quatro razões que podem mudar a concepção dos desempregados sobre o mês.
1. AS PESSOAS ESTÃO BEM-HUMORADAS
As festas que acontecem no final do ano e toda sorte de comidas, bebidas e viagens muda o humor dos recrutadores para melhor. Além da farra, é em dezembro que ocorrem os pagamentos de bonificação, como participação de lucros, 13º salário, etc. Isso, claro, também impacta positivamente no humor dos envolvidos nos processos seletivos.
2. A RELAÇÃO CANDIDATO POR VAGA É MENOR
Como a maioria dos desempregados "tiram férias" da busca por emprego em dezembro, o número de candidatos cai significamente e, logo, a competição é menor por uma vaga de emprego.
3. EMPRESAS EMPURRAM AS VAGAS PARA DEZEMBRO
Procrastinar, ou seja, a arte de fazer nada e ser pago por isso, não é um comportamento apenas de pessoas físicas. Empresas também constumam "enrolar" quando o assunto é contratação e, quando chega dezembro, realizam o processo em caráter de urgência porque as vagas precisam estar preenchidas em janeiro.
4. QUEM DECIDE AINDA ESTÁ NA CIDADE
Durante as duas últimas semanas do ano, a maioria das pessoas responsáveis pelas contratações ainda estão trabalhando. Isso, segundo Beshara, significa que eles têm tempo para entrevistar e contratar novos colaboradores. "Você pode ser contratado muito mais rápido do que o normal durante as férias, porque as pessoas certas estão disponíveis para falar com você, e eles estão ansiosos contratar", diz Beshara. 

Colaboração Cristiane Antunes

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

A IMPORTÂNCIA DO VOLUNTARIADO NO CRESCIMENTO PROFISSIONAL

Por que tantos consultores, autores de livros de auto-ajuda/desenvolvimento profissional, gerentes de recursos humanos e outros mais, insistem em dizer que o trabalho voluntário está alinhado ao Crescimento Profissional? Vemos que hoje se fala tanto em Responsabilidade Social, Educação Inclusiva, Trabalho Voluntário como se fosse uma obrigatoriedade da empresa em incentivar seus funcionários nesta prática. Por outro lado não devemos ver a prática do voluntariado como uma simples atitude de solidariedade, e sim como um ato que gira em torno de valores éticos, sociais e ambientais.

Desenvolver atitudes voluntárias ao bem comum, nada mais é que uma transferência de valores, onde o indivíduo compartilha momentos e experiências doando do seu tempo em troca de algo intangível. E, para isso, não é preciso um planejamento minucioso e detalhista, mas iniciativa e disponibilidade. Pense em suas atividades da semana. Será que você não pode dedicar uns minutinhos para fazer um trabalho voluntário? Quem já participou de uma campanha do agasalho ou de arrecadação de alimentos, ou, até mesmo, levou brinquedos para crianças na época natalina, sabe do pouco tempo de dedicação a que estou me referindo.

Mas, as oportunidades não param por ai. Seja na associação do bairro, condomínio, entidade filantrópica, contando histórias para crianças, cegos, enfim, as formas de ajudar ao próximo são tantas que devemos, mais do que nunca, identificar onde temos mais afinidade, arregaçar as mangas, receber sorrisos e crescer como pessoa. Importante fazer perceber que, ao desempenhar qualquer atividade neste meio, promovemos o associativismo, empatia, desenvolvimento interpessoal, espírito de equipe, capacidade organizadora e a própria capacidade de liderar. Tais habilidades são essenciais e devem estar presentes no bom profissional.

Podemos observar, também, que as pessoas que desenvolvem uma atividade voluntária, sentem-se mais felizes, realizadas e de bem consigo mesmas, pois descobrem riquezas imensuráveis e gratificantes, que dão mais sentido à vida (pesquisas mostram que os voluntários têm duas vezes mais chances de se sentirem felizes do que aqueles que não se dedicam a nada).

Enfim, poderíamos descrever aqui muitos relatos de pessoas que estão à frente de projetos dos mais diversos, e que se pudessem voltar atrás mudariam apenas uma coisa: iniciariam antes. Não perderiam tanto tempo na elaboração de futuras práticas, mas aprenderiam com os erros e acertos, ou melhor, com os infinitos acertos que a ação voluntária proporciona.

Lenir Amorim


segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Síndrome da Pressa: mais uma ameaça à saúde dos profissionais


O estresse é um mal comum a pessoas de todas as partes do mundo, das mais variadas idades e profissões. Recentemente a Isma-Brasil (International Managente Association) confirmou que a essa realidade é muito mais preocupante do que muitos imaginam. Pesquisas realizadas pela entidade destacam que 70% dos brasileiros economicamente ativos sofrem de estresse. Inclusive, estudos científicos comprovam que 60% das doenças são determinadas pelo nível de estresse e o estilo de vida que as pessoas levam. Como efeito dominó, surge em cena a chamada Síndrome da Pressa, um mal que leva os indivíduos a realizarem tudo com mais rapidez em decorrência das exigências do mundo globalizado. Vale salientar que a classe médica alerta que esse quadro de ansiedade permanente pode transformar-se em doença e já acomete cerca de 30% dos trabalhadores brasileiros.

Para conhecer e saber como se prevenir contra a Síndrome da Pressa, o RH.com.br entrevistou Andrea Bacelar, neurologista e vice-presidente da Associação Brasileira do Sono. Segundo a médica, o tratamento mais indicado para esse mal é reduzir a velocidade do próprio corpo e administrar melhor o tempo para todas as atividades. "A Síndrome da Pressa gera demonstração de impaciência, pouco interesse do indivíduo pelo o que os outros falam, demonstração de intolerância com as pessoas que têm um ritmo mais lento", assinala. Como ninguém está livre dos efeitos estressores, essa entrevista certamente é do seu interesse. Afinal, ela pode ajudá-lo a se prevenir da Síndrome da Pressa. Aproveite a leitura!

RH.com.br - Recentemente, a Isma-Brasil (International Management Association) revelou dados sobre o estresse em brasileiros economicamente ativos. Quais foram as informações que mais despertaram a preocupação dos especialistas na área da Saúde?
Andrea Bacelar - O estresse foi uma das preocupações mais acentuadas no estudo da Isma-Brasil. O estresse até um determinado limite, é saudável e necessário para os trabalhadores em geral. Porém, o que devemos ficar atentos é quando ele passa deste limite considerado saudável, uma vez que pode desencadear uma série de doenças, a partir de alterações psico-fisiológicas. Estas alterações afetam, inclusive, o sistema imunológico.

RH - Quais os principais fatores que contribuem para essa realidade da saúde do trabalhador no Brasil?
Andrea Bacelar - Não apenas no Brasil, mas em todo mundo, observamos que as muitas pessoas querem resultados rápidos, seja em tratamentos médicos, no trabalho e, inclusive, na sua vida pessoal. Algumas pessoas sabem lidar melhor com o tempo, outras já possuem uma predisposição ao desenvolvimento do estresse. Hoje em dia, é muito difícil encontrar alguém que não tenha que cumprir horários e prazos. Somos cobrados diariamente a realizar o melhor, superar nossos próprios limites. Porém, há pessoas que se cobram demasiadamente e entram em um processo de grande estresse que acaba desencadeando doenças que precisam ser tratadas, mas nem sempre o são. As conseqüências para essas pessoas, geralmente, são desagradáveis. 

RH - Os dados apontados pela Isma-Brasil assinalam para uma nova preocupação: o surgimento da Síndrome da Pressa. Quais os principais sintomas das pessoas que são acometidas por este mal?
Andrea Bacelar - A Síndrome da Pressa é o nome pelo qual é conhecido o Padrão Comportamental tipo A. Mas vale ressaltar que ele não é uma doença. É apenas um passo para adquiri-las. Quem sofre deste mal, em geral, é uma pessoa que tem uma grande necessidade de fazer tudo e sempre de forma rápida. Essas pessoas têm bastante dificuldade em se concentrar. A impaciência, a irritabilidade e o acúmulo de atividades, por exemplo, são características importantes a serem analisadas. Os momentos para esses indivíduos de lazer são raros e, quando ocorrem, não são devidamente aproveitados.

RH - Existe um perfil predominante para quem é acometido pela Síndrome da Pressa?
Andrea Bacelar - Sim, existem algumas características que percebemos em indivíduos com padrão comportamental Tipo A como, por exemplo: um aperto de mão firme, andar acelerado, respostas abreviadas nas conversas, tendência a cortar os finais das palavras, hostilidade constante em situações que acreditam que irão perder tempo, hábito de interromper quando os outros falam e irritabilidade com falas explosivas. Estas são algumas características que traçam o perfil de pessoas acometidas pela Síndrome da Pressa.

RH - Esse mal decorrente do ritmo acelerado das pessoas pode ser considerado uma doença ocupacional?
Andrea Bacelar - A Síndrome da Pressa é decorrente das exigências do mundo moderno. As doenças ocupacionais estão relacionadas exclusivamente às questões relacionadas ao trabalho. Obviamente, as cobranças por produtividade e a eficiência nas empresas influenciam, e muito, o aparecimento da Síndrome da Pressa. Contudo, essa síndrome pode acometer até mesmo em crianças, não estando relacionada obrigatoriamente apenas a essas questões que citei.

RH - Quais as principais consequências que a Síndrome da Pressa provoca à saúde física e emocional das pessoas?
Andrea Bacelar - O indivíduo ansioso vive em posição de constante alerta físico e psíquico. O reflexo em seu corpo revela-se em dilatação das pupilas, aceleração do coração, divergência do sangue para musculatura voluntária, aumento da glicose circulante e até mesmo dilatação dos brônquios. Ser um apressado compulsivo aumenta o risco de infarto, úlceras, gastrites e pode prejudicar, consideravelmente, as relações pessoais. Este distúrbio também apresenta sintomas como, por exemplo, hipertensão, problemas cardiovasculares, dores musculares difusas e distúrbios do sono por apresentarem um estado de hiperalerta emocionais - a sensação de angústia e ansiedade -, bem como comportamentais, que se refletem no abuso do consumo de álcool, cafeínas e excitantes do sistema nervoso central.

RH - Quais os impactos que a Síndrome da Pressa gera ao desempenho do trabalhador?
Andrea Bacelar - O ambiente de trabalho, em muitos casos, contribui decisivamente para o aparecimento da Síndrome da Pressa e é onde percebemos os grandes impactos. Alguns indivíduos tornam-se agressivos e extremamente competitivos. Eles estão sempre querendo produzir mais, porém em menos tempo. Contudo, a dificuldade em se concentrar é uma das características que pode atrapalhar o desempenho do profissional. A criatividade também poderá ser enfraquecida pela permanência repetitiva e a forma com que encaram, ou melhor, como essas pessoas querem resolver os problemas de forma imediata.

RH - A Síndrome da Pressa também afeta a vida pessoal do trabalhador?
Andrea Bacelar - Sim e bem diretamente. Uma pessoa que esteja sofrendo deste mal não consegue relaxar nem mesmo nas horas de lazer. Estão sempre tensas e com a sensação de que não há tempo a perder. Este mal não afeta apenas a vida profissional, mas também a vida pessoal. O Padrão Comportamento Tipo A faz com que as pessoas tornem-se mais repetitivas e egocêntricas. Elas têm dificuldade em deixar os outros se expressarem e impaciência ao ouvir. Por isso acredito, sim, que a Síndrome da Pressa pode afetar diretamente a vida pessoal de qualquer um.

RH - Os profissionais considerados workaholics sofrem obrigatoriamente da Síndrome da Pressa?
Andrea Bacelar - Não necessariamente. Porém, os workaholics, antes visto como ótimos funcionários para empresa, em médio prazo são os que mais apresentam algum tipo de doença, seja ela psicológica ou física. Além do mais, pela exaustão a que eles se submetem, acabam possuindo uma margem de erro maior. Não acho bom generalizar, mas acredito que muitos workaholics apresentam sintomas da Síndrome da Pressa. A dificuldade em se desligar do trabalho, mesmo em períodos de lazer ou de folga, é um destes indicadores. É bom ressaltar aqui, mais uma vez, que a síndrome não é uma doença, mas sim uma alteração no padrão comportamental e pode atingir homens e mulheres de qualquer idade, inclusive crianças.

RH - Para se livre da Síndrome da Pressa, qual o primeiro passo a ser dado?
Andrea Bacelar - O primeiro passo é o desejo de mudar. Depois disso, é necessário o acompanhamento de um psicólogo com experiência no assunto. Mas, é importante perceber que, ter pressa nem sempre deve ser encarado como um problema. A grande questão é saber manejá-la e lembrar que algumas atividades exigem calma. Existem pessoas que também precisam destas características e que, se souberem ajustar e utilizar a pressa no momento certo, não serão acometidas da síndrome.

RH - Quem sofre da Síndrome da Pressa, obrigatoriamente tem que ser afastado do trabalho para se tratar?
Andrea Bacelar - Depende do caso. Acompanhamento psicológico é importante e pode ser conciliado com o trabalho. Porém, algumas pessoas precisam sair da rotina de estresse para realizar um tratamento. Acredito que valorizar os momentos fora do trabalho, como aumentar um pouco o tempo de almoço, evitar cafeína, seja um grande passo. Outros vão necessitar de medicação.

RH - Quais as medidas profiláticas que as pessoas podem tomar para se defender da Síndrome da Pressa?
Andrea Bacelar - Diminuir a velocidade do corpo, tentando dividir melhor o tempo. Atividades físicas também são fundamentais. Existem medidas muito simples medidas para evitar a síndrome: planejar e se organizar com antecedência, definir prioridades, acordar meia hora mais cedo e sem ter necessidade em se apressar e aprender a dizer "não". As mudanças no modo e estilo de vida são fundamentais. Além de aprender a trabalhar com as emoções e com as preocupações.

RH - Em relação às organizações, que ações podem ser aplicadas para evitar que seus profissionais sejam vítimas da Síndrome da Pressa?
Andrea Bacelar - Algumas empresas já estão adotando programas de ginástica laboral, que é a prática realizada voluntariamente de atividades físicas desenvolvida pelos trabalhadores no próprio local de trabalho. Este tipo de programa tem como objetivo oferecer aos seus funcionários bem-estar físico, comportamental e mental.


sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Como estimular os talentos a “vestirem a camisa” da sua empresa?


Inúmeras vezes observamos gestores e até mesmo diretores de empresas diante com um dilema: como fazer os colaboradores vestirem a camisa da organização e, consequentemente, terem um melhor desempenho diante das necessidades do negócio? Essa questão não é simples de responder, pois envolve fatores que incluem desde indicadores como, por exemplo, o clima organizacional e o relacionamento entre lideres-liderados. Abaixo, listo algumas ações que podem ser aplicadas por empresas de qualquer segmento e porto, para estimular os talentos a abraçarem, de fato, a "bandeira" das companhias.

1. Contribuição - Deixe claro para os profissionais, de todos os níveis, o valor que cada um oferece para a obtenção de resultados para o negócio. Para isso, recorra aos canais de comunicação como impressos, murais, intranet etc.

2. Reconhecimento - Muitos profissionais entregam o melhor de si no dia a dia de trabalho, oferecem bons resultados. No entanto, a maioria se sente desestimulada porque não tem seu esforço reconhecido. Vale lembrar que nem sempre o reconhecimento vem através de uma gratificação. Não que um bônus deixe de ser bem-vindo, pelo contrário. Contudo, muitas vezes, uma conversa informal com a liderança pode ser valiosa, principalmente quando o gestor enfatiza a contribuição significativa do funcionário e agradece em nome da empresa.

3. Face a face - A contribuição da comunicação interna para estimular o funcionário a vestir a camisa da empresa é valiosa, mas precisa de reforço. Nesse momento, a comunicação "face a face" é um diferencial significativo. Por essa razão, estimule os gestores a promoverem reuniões periódicas, onde seja possível repassar informações sobre a empresa e abrir espaço para que os profissionais apresentem dúvidas sobre assuntos relacionados à organização.

4. Confiança - Um profissional só "veste a camisa" da empresa quando acredita nos valores e na missão corporativos. Caso algum boato surja nos corredores, antes de identificar a fonte que o gerou, a organização deve preocupar-se em desfazer os "ruídos". Se um dirigente de destaque foi desligado, por exemplo, e isso provocou preocupação nos demais profissionais, um informe oficial sobre a saída do executivo pode sem dúvida alguma evitar temores desnecessários
.
5. Liderança - Equipe só se torna realmente coesa quando tem à frente um gestor que conduz o leme e mostra aos seus liderados para onde eles estão indo, qual o destino que devem alcançar e mostrar alternativas que os façam atingir as metas desejadas. É um risco muito grande colocar um profissional para conduzir uma equipe, sem que este realmente tenha consciência do papel de gerir pessoas. Ser chefia não é sinônimo de liderança.

6. Desenvolvimento - Quantas pessoas têm sonhos inclusive profissionais, mas que nem sempre consegue realizá-los por falta de oportunidade? Isso é mais comum do que muitos dirigentes organizacionais imaginam e por vezes, o colaborador deseja desenvolver novas competências sejam técnicas ou comportamentais para ter chances de ascensão interna. Esse é o momento de refletir: sua empresa tem dado oportunidades de crescimento aos seus talentos?

7. Qualidade de Vida - Se antes existia a premissa de que apenas salários atraentes eram suficientes para fazer o colaborador "vestir a camisa" da empresa, hoje se observa uma mudança comportamental que ganhou espaço entre muitos talentos que fazem a diferença. Falamos sobre qualidade de vida. No mercado altamente competitivo observam-se pessoas já se desligaram de grandes corporações porque ultrapassaram seus limites e sentiram reflexos tanto na saúde física quanto mental. Por isso, não é mais surpresa ver um profissional migrar até a concorrência para ganhar um salário inferior, tudo em troca da melhoria da qualidade de vida. Ações em QVT, mesmo que sejam consideradas simples, precisam estar entre as prioridades de uma gestão.

8. Pesquisa de clima - Quando um time disputa uma partida, não importa a modalidade esportiva, os seus integrantes precisam de um diferencial de extrema importância para vencer o desafio que nesse caso é representado pelo adversário: MOTIVAÇÃO. Vale lembrar que a área de Recursos Humanos possui um recurso valioso para mensurar os índices de satisfação interna: a pesquisa de clima organizacional, uma vez que através dela é possível identificar os pontos fortes e aqueles que precisam ser trabalhados e que podem gerar um quadro de insatisfação interna.

9. Feedback - É notório que organização alguma é sinônimo de entidade beneficente e que os profissionais que nela atuam precisam atender as expectativas do negócio. Para que uma bola de neve não se forme diante da performance dos talentos e esses ofereçam o melhor de si, é fundamental saber o que a empresa espera deles. O processo de feedback é uma ferramenta que permite ao gestor e ao liderado uma relação rica. Quem "veste a camisa" de um time, precisa conhecer as estratégias e as regras do jogo para entrar em "campo" e dar o melhor de si.

10. Metas realistas - A entrega de um profissional à empresa também depende da infraestrutura, das condições de trabalho que a organização oferece. É utopia acreditar que um talento dará o melhor de si, se ele não tiver o respaldo da empresa que possibilite o alcance ou a superação de metas. Cobrar que se tire leite de pedra, é uma "Missão Impossível" e apenas cai bem para o agente Ethan Hunt, interpretado pelo ator Tom Cruise consegue verdadeiros "milagres", graças à ajuda de muitos efeitos especiais e da rica criatividade do diretor cinematográfico.

Fonte: http://www.rh.com.br/Portal/Desempenho/Dicas/6820/como-estimular-os-talentos-a-vestirem-a-camisa-da-sua-empresa.html

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Motivação x Engajamento

Antigamente a motivação aparecia em todos os momentos num ambiente de trabalho e o seu conceito era muito forte nas organizações. Mas ela vem sendo cada vez mais contestada.

Há algum tempo atrás a motivação era tratada pelos grandes analistas de forma igualitária para todos. E ao longo do tempo, descobriu-se que ela é individual e que cada ser humano tem a capacidade de se auto-motivar. Ninguém motiva ninguém. Trata-se de um potencial íntimo e pessoal.

Pesquisas científicas realizadas sobre o comportamento motivacional revelam que não somente as pessoas têm objetivos diferentes, como as fontes de energia que determinam seu comportamento são extremamente variadas. 

Mas a verdadeira motivação nasce das necessidades interiores e não de fatores externos. Não há fórmulas que ofereçam soluções fáceis para motivar quem quer que seja. O líder não pode fazer isso pelos seus liderados. Sua eficácia depende de sua competência em liberar a motivação que os liderados já trazem dentro de si.

Por isso, o que vem sendo trabalhado dentro das organizações é o engajamento. Gallup diz que é mais amplo que a simples satisfação pelo trabalho - está ligado à paixão, ao sentimento e conexão que o empregado tem para com a empresa.

Existem três fatores fundamentais que são necessários para o engajamento. O primeiro é a liderança. A principal pessoa que tem que estar engajado é o líder. Ter um líder andando junto com a empresa e ao mesmo tempo comprometido em desenvolver sua equipe são pontos decisivos para o engajamento dos funcionários.

O segundo é o reconhecimento dos colaboradores, que desejam e esperam ser alguém significativo. Este reconhecimento pode vir através de uma oportunidade de crescimento, uma recompensa financeira, o reconhecimento dos superiores, um bom relacionamento com os colegas de trabalho ou através de um simples elogio. Equipes dirigidas pelo constante reconhecimento são capazes de realizar feitos incríveis. 

E o terceiro, que é essencial para o engajamento do colaborador, é um bom ambiente organizacional, ricos em gestão, em trocas de informações, que proporcionam grandes experiências e que criam ambiente para aprendizado continuo. Esse carinho, atenção, colaboração é o canal perfeito para a energia colaborativa. Regras claras e procedimentos padronizados. Neste ambiente, podemos usar nossas capacidades e desenvolvê-las ao máximo, rumo a resultados cada vez melhores.

Considero estes pontos fundamentais, mas se estas ações forem trabalhadas de forma segmentada, não são suficientes para que os valores, a missão, a visão e o DNA da empresa sejam absorvidos pelos empregados. E é importante que a empresa esteja preocupada em cercar-se de todos os lados possíveis a fim de promover o engajamento.

Camia Carvalho - Consultora de Executive Search