Por Aldo Novak
Uma coisa pela metade não chega a ser UMA coisa. É meia.
Meio automóvel não chega a ser um automóvel e, por mais que você queira ou por mais combustível que coloque no tanque, ele não vai levar você para a direção desejada.
Ficará parado e, portanto, falhará.
Meio avião não voará, por mais fé que você tenha, por mais dinheiro que sua conta bancária mostre ou por maior que seja o apoio popular que você possua.
Meio avião simplesmente não chega a ser um avião inteiro e, portanto, não sairá da pista. Seu voo falhará.
Meia receita de bolo não fará um bolo inteiro, por melhor que seja a receita, o forno ou a cozinheira.
Se parece tão elementar que meio de algo não chega sequer a ser uma unidade, como você espera ter sucesso em qualquer coisa em sua vida, se dedicando pela metade?
Quando observo minha própria biografia, vejo que a maior
parte das minhas quedas aconteceram quando quebrei esta regra.
Aqueles de nós que acreditam que possam se comprometer pela metade, mantendo “um pé na canoa e outro no cais”, ou que preferem ficar “em cima do muro”, simplesmente não conseguirão atingir suas metas de vida.
Meias medidas perdem todas as guerras, como disse Napoleão.
Isso não significa que medidas inteiras vençam todas as guerras, já que o oponente também pode estar se dedicando de corpo e alma. Mas, se qualquer dos dois estiver comprometido pela metade, vence o que se comprometeu por inteiro, que luta mais, que busca mais, que se atira de cabeça à batalha com o cérebro, o coração e a paixão.
Vence a corrida, o carro que tiver todos os cilindros funcionando no máximo de sua força, com o melhor motorista e a maior vontade.
Airton Senna não era o único piloto a ter um carro excelente, mas os carros excelentes pilotados por Airton Senna tinham ao volante o melhor piloto. O mais dedicado e apaixonado pelo que fazia. Essa era a diferença.
O comprometimento.
Comprometimento total traz vitórias arrasadoras. O número estatisticamente absurdo de vezes nas quais a bandeira do Brasil era levantada nas provas de Fórmula 1, pelos braços de Senna, esmaga qualquer um que defenda as “meias medidas”.
Há, ao seu lado, pessoas comprometidas pela metade. Olhe-as. São aquelas que fazem o mínimo necessário para não perderem o emprego, para não perderem a esposa (ou o marido), para não perderem o ano escolar. São os mestres do 50%, da nota “C”, da estratégia mais vulgar que existe para se esconder: ficando somente na metade de tudo, se comprometendo com o casamento somente a ponto de “ir levando”, ou que passam quatro anos na faculdade, de uma festa para outra. Você pode enganar o sistema social, mas você não pode enganar as leis naturais.
Não existe lugar no universo onde metade de algo seja um inteiro.
Acostume-se a viver a vida por inteiro, não pela metade.
Meias medidas vão enganar você.
Meias medidas não são as mais seguras, e sim o caminho
para a mediocridade. São o caminho para o fracasso no trabalho, nos relacionamentos, na vida pessoal e na vida das empresas de qualquer ramo de atividade.
Sua vida é um avião. Seu casamento é um avião. Sua carreira
profissional é um avião. Sua empresa é um avião.
Você, realmente, acredita que vai conseguir levantar vôo com qualquer destes aviões pela metade?
Afaste-se, enquanto é tempo, de qualquer pessoa especializada em viver pela metade. Procure e fique ao lado dos que se comprometem por inteiro. Daqueles que são apaixonados pelo que começam e apaixonados pelo que terminam. Estar com estas pessoas vai ajudar você a tornar-se uma delas.
Libere a paixão que existe em você.
Meias medidas perdem todas as guerras. Pare de taxiar na pista da vida. Escolha a melhor opção e entregue-se com fé a ela.
Nada é mais poderoso do que a fé… usada na direção certa.
Vamos nessa?
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