“A coragem é a
primeira qualidade humana,
pois garante todas as outras.”
(Aristóteles)
pois garante todas as outras.”
(Aristóteles)
É preciso discernimento para identificar o que nos faz mal e coragem para
eliminar tais fatores de nossas vidas. Tudo o que fazemos somente tem sentido
quando pode nos proporcionar alegria e prazer. É evidente que há tarefas
operacionais e situações enfadonhas que marcam nosso cotidiano, mas mesmo estas
precisam estar vinculadas a um objetivo maior.
Se você está em uma empresa ou exerce
uma atividade profissional que tem sido um fardo em sua trajetória, você
precisa pedir demissão ou buscar uma nova carreira. Certamente esta não é uma
escolha fácil, mas você pretende prolongar isso por quantos anos? O oposto do engajamento é a falta de
reconhecimento...
Se você está em uma relação amorosa
marcada por discussões e incompreensões, use o diálogo para alcançar a
conciliação, lembrando que quando uma das partes está certa isso não significa
necessariamente que a outra esteja errada. Quando há carinho e amor, a
tolerância e a empatia prevalecem, resgatando os sentimentos. No entanto,
quando um relacionamento se torna meramente protocolar, caracterizado pela
amizade, ainda que haja respeito e admiração entre as partes, é hora de parar,
ou você acredita que envelhecer ao lado de quem não se ama lhe fará bem? O oposto do amor é a indiferença...
Muitas de nossas decisões são adiadas
por questões econômicas. Você se mantém no emprego porque precisa garantir seu
sustento; persiste numa relação insípida porque uma separação envolveria a
partilha de bens ou a interrupção de planos previamente agendados. Desta forma,
alimentamos a infelicidade. Acredite: questões materiais se resolvem com o
tempo, pois sempre será possível reiniciar. Mas você precisa desenvolver a arte
do desapego e aprender que menos pode ser mais.
Perseguimos a felicidade como se ela
fosse nosso único e maior objetivo. Porém, a felicidade são momentos, ocasiões
pontuais nas quais o sorriso espontâneo se revela, regado por beijos doces e
abraços quentes. Já a infelicidade, quando nos abate, tem a capacidade de se
prolongar, pois não deseja ser breve. Ela se instala em nossa mente e em nosso
coração, comprometendo o raciocínio, os relacionamentos e toda nossa rotina.
Quando a infelicidade fixa sua morada, o desencanto e a angústia nos visitam,
podendo conduzir ao desespero e à depressão, dentre outras enfermidades.
O mundo que nos é vendido quando
somos crianças não é real. É uma ficção, pois acreditamos que tudo é possível,
que o bem sempre vencerá o mal e que a vida pode ser perfeita. Mas é esta
inocência que torna a infância a melhor fase de nossa existência – e
proporcionar esta experiência é a maior responsabilidade dos pais em relação
aos seus filhos, embora também não possam deixar de prepará-los para o futuro.
Esta inocência é substituída pela maturidade que nos ensina que a vida é a arte
dos encontros, desencontros e reencontros. Aprendemos que nossos atos têm
consequências, sejam agradáveis ou dolorosas, e que as colheremos no decorrer
do tempo. Descobrimos a força das palavras e que a comunicação é a base de
tudo, compreendendo que mais importante do que aquilo que você diz, é como você
diz.
É esta maturidade que nos ensina a
valorizar o que realmente importa. Temos o hábito de dar importância a
desconfortos, mágoas e ressentimentos, quando precisamos aprender a deletar as
situações indesejáveis, apreciando aquilo que nos torna melhores.
Afinal, qual a vida que você deseja
para você?
Tom Coelho
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