Sensibilidade é coisa de mulher! Homem não chora! Chefe bom é aquele que
causa medo! Afirmações desta natureza têm origem numa cultura ultrapassada e
já não conseguem explicar a realidade. Nos últimos anos, nota-se uma mudança
significativa no comportamento do mundo masculino e acredito que o século XXI
seja o momento de reversão deste universo.
O mercado executivo desse novo tempo precisa de seres humanos, não de profissionais inoxidáveis que se parecem como as máquinas, e que não demonstram defeitos e fragilidades. Todas as pessoas têm um lado bom e um lado ruim, qualidades e defeitos, acertos e erros, etc. Nessa queda de braço a lá Yin e Yang, o importante é que a fatia boa seja maior que a fatia ruim. Afinal, é fato: ninguém é perfeito. As empresas já perceberam isto e vêm olhando de perto para aqueles profissionais que não têm medo de assumir seus defeitos e erros ou seu lado sensível. É importante aprender com os erros, trabalhar os defeitos e lidar com suas fragilidades. Este tipo de profissional consegue ter uma percepção mais aguçada dos negócios, da sua equipe, dos concorrentes. Esta é a quebra do paradigma, o mercado hoje reconhece que um bom executivo é aquele que consegue se conectar com seu lado sensível e aplicá-lo no dia a dia. Contornar contratempos e ter atitude agregadora é, acima de tudo, uma questão de maturidade emocional e nisto as mulheres saíram muito na frente. Homem ou mulher, a questão é fugir do senso comum. Já não se pode pressupor que a mulher, de natureza mais sensível, vá desabar diante de decisões duras ou magoar-se com as pequenas farpas do cotidiano. Igualmente errado é acreditar que o homem não seja capaz de desenvolver sua emotividade. Cabe ao mercado não cair nas armadilhas da supervalorização de alguns conceitos, afinal não queremos um profissional se debulhe em lágrimas toda vez que ouvir Elton John, cantando a música tema da refilmagem do Mulin Rouge. Não podemos nos esquecer é do bom senso. |
Ruth Bandeira, Diretora Regional Sul
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terça-feira, 14 de outubro de 2014
Sensibilidade no Mundo Executivo
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