segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Seja feliz pelo que você é

Você é feliz? Para responder a essa pergunta, certamente você responderá outras: tenho a família que eu gostaria de ter? Meu emprego satisfaz minhas expectativas? Ganho o que considero bom para viver? Sou rodeado por pessoas que considero boas para estarem comigo?... e tantas outras perguntas. Se observarmos bem, perceberemos que nossa felicidade sempre está relacionada, de alguma forma, a desejos e sonhos. Exatamente por isso, o assunto que abordo hoje começa com um convite a uma reflexão: o que você tem almejado para sua vida? 

Para sermos felizes, precisamos, antes, identificar o que nos causa essa sensação. Aliás, a que sensação me refiro? Felicidade é o que nos faz sentirmos satisfeitos, realizados, alegres com a forma que as coisas têm acontecido. É por isso que, identificando o que nos causa essa felicidade, torna-se fácil ir em busca disso. Por exemplo, se viajar é uma coisa lhe causa uma sensação de realização, logo você saberá o que precisa fazer para alcançar essa satisfação. Alcançando o que deseja, será feliz!

Ser feliz não significa ter muito dinheiro, uma mansão digna de novela das nove, o carro do ano e todos os equipamentos de última geração lançados no último mês. A não ser que esses sejam os seus desejos. É por isso que volto à pergunta: o que você tem almejado para sua vida?

Para conquistar o que buscamos é preciso, antes, saber o que queremos. Isso tem um pouco a ver com planejamento (assunto abordado na semana passada), porém, tem muito mais a ver com estilo de vida, aspirações, conformidade e, principalmente, com o que você faz para alcançar as coisas que quer. 

Infelizmente, vivemos em uma sociedade em que o que se prega é que para ser bem sucedido é preciso estar numa posição de liderança, ganhando salários exorbitantes e, com isso, conseguir comprar todos os bens materiais a que se tem direito. Mas, com tantos exemplos que já presenciei é muito possível perceber que não é exatamente assim que as coisas funcionam. Pelo contrário. Há muitos profissionais que trabalham na área operacional, ou que não têm salários tão bons assim, mas que se sentem as pessoas mais abonadas deste mundo. Isso, certamente, porque são pessoas seguras, que não precisam provar nada pra ninguém, que contam com uma família amorosa ao lado e que, principalmente, têm consciência do que realmente às fazem felizes. 

Assim como, lamentavelmente, existem milhares de pessoas enriquecendo cada vez mais, dedicando-se mais e mais aos seus trabalhos, porém, esquecendo-se de dar uma atençãozinha especial às questões que realmente lhe fazem bem. Um exemplo clássico é do executivo que, por falta de tempo, deixa de praticar esportes, coisa que sempre gostou. A falta do esporte faz com que ele se sinta infeliz, mesmo que não perceba de onde exatamente vem a sensação de fracasso. Sim, pois a sensação contrária à satisfação do sucesso é o fracasso. E, muitas vezes, para o profissional se sentir realmente feliz, faltaria apenas o tempo para jogar aquela pelada do fim de semana com os amigos. 

Socializar-se, cuidar da família, praticar esportes, praticar hobbies e ter um tempo para ficar só consigo mesmo são as ações que mais fazem falta às pessoas que se sentem infelizes. O problema é que, muitas vezes, o x da questão não é identificado. Numa altura dessas, vocês devem estar se perguntando: como ser feliz, tendo tantas contas para pagar ao fim do mês? Se pararmos para pensar, muitas das contas poderiam ser eliminadas. Será que você precisa pagar uma prestação do carro tão alta? Será que precisa mesmo manter alguns luxos? O quê, dessas coisas, te faz mais feliz: manter os luxos, ou abrir mão deles e não ter que se preocupar tanto com as contas? Não é à toa que tantas pessoas dizem que “dinheiro, quanto mais se tem, mais se gasta”. As pessoas raramente ficam plenamente satisfeitas com as pequenas coisas da vida. As que, eu diria, realmente trazem a felicidade: um fim de tarde inteiramente dedicado a um filho, um happy hour com os amigos, um fim de semana com a esposa. Vivemos tão alienados em se destacar profissionalmente, que esquecemos de todo o resto. 

Antes de finalizar, porém, preciso explicar que defendo completamente o desenvolvimento profissional e o destaque no mercado de trabalho. Porém, o que não pode acontecer é a sua felicidade ser ignorada por um simples desejo consumista. Repito: ser feliz é satisfazer-se com o que você deseja. O que vale para o mundo inteiro, pode não valer para você. Por isso, escolha bem o que almeja.

Pense nisso!

DICAS:

• Aprenda a descobrir bons momentos em coisas simples da vida. Às vezes, colocar em prática uma receita com o filho, faz de um fim de semana algo muito mais prazeroso;

• Presenteie-se, não só com bens materiais, mas com viagens, passeios e descobertas de novos lugares;

• Dedique-se ao que almeja;

• Comemore suas conquistas;

• Pare de lamentar pelo que você não tem e valorize o que tem!


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