A ideia de que “líder já nasce feito” pode ser um fato, mas ele também pode “nascer” com o decorrer da vida. Pode-se até listar vários casos reais de líderes que nasceram com a estrela da liderança, mas eles formam apenas um pequeno percentual em relação ao universo total.
A grande massa de líderes vai sendo lapidada dia a dia, lenta e paulatinamente, no decorrer da sua existência. Assim, é a formação desses condutores que vai dar potencial para dirigir com eficiência, desde um grupo a uma nação. Então, a ideia central é: todos nascem para ser líderes.
Em verdade, antes de alguém ser líder certamente já foi liderado. Ser liderado (e bem liderado!) é o estágio básico para se desenvolver e aprimorar a técnica da liderança. Logo, para se chegar ao nível de um bom líder há que ter tido uma sólida aprendizagem onde uma gama de conhecimentos foi assimilada plenamente.
Para um candidato a líder, o potencial para aprender hoje tem relação direta com o potencial para ensinar amanhã. Bons alunos surgem de bons mestres. É um processo cíclico. E esse potencial desenvolve-se e se amplia com a dedicação, treinamento, observação acurada, participação ativa e constante estudo e pesquisa.
Nada vem por acaso no plano de bem liderar, de empreender, de decidir com assertiva; é uma conquista, um aquinhoamento, fruto, óbvio, de uma parte da intelectualidade e de grande parte do árduo trabalho.
Não há que se preocupar com a idade, formação social ou ideologia. Liderança se exerce ainda jovem, em meia-idade ou veterano. E também em qualquer área de atividade, quer seja de uma humilde turma de garis até uma renomada equipe de PHD’s.
Como exemplo de líder de grande sucesso na história brasileira, podemos destacar o empresário Abílio Diniz (dono da Cia Brasileira de Distribuição, grupo “Pão de Açúcar”) que aos 20 anos idade já era gerente comercial, e aos 23 anos fundou o primeiro supermercado do grupo no Brasil.
Já na história mundial, temos o norte-americano Martin Luther King (1929-1968), líder negro que, em 1957, aos 28 anos de idade, fez eclodir seu incrível talento para liderança contra as leis de segregação. Cite-se ainda o tibetano Dalai Lama (Tenzin Gyatso, 1935), religioso Budista, reconhecido como líder em 1950, aos 15 anos de idade.
Ser líder corporativo não é exatamente ser durão, falar grosso, mandar, ou repassar ordens. Para liderar pessoas e levá-las ao convencimento deve-se falar firme, com objetivo, educação e conteúdo nas palavras.
Lembre-se, pregador que não sabe rezar ofende os santos. E mais que isso. É também saber montar um time homogêneo agrupando forças heterogêneas, comandar com eficácia e empreender ações voltadas para os objetivos constitutivos da corporação. É ainda, sob o lado humano, compreender os reclamos dos liderados, interpor-se, interagir e resolver os problemas deles e da corporação de forma que os interesses não colidam.
E, ao final, além de ter em mãos um time coeso e harmonioso, apresentar um resultado mágico chamado “lucro, produtividade”.
Inácio Dantas - (do livro (R) "Como se tornar um líder de Alto Impacto")
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